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Poupança: o primeiro passo de todo investidor



Em 2020, a captação líquida em caderneta de poupança atingiu seu recorde desde o início da série histórica (em 1995), chegando a R$ 166,309 bilhões. De fato, a poupança segue sendo a aplicação financeira mais utilizada pelos brasileiros.


Por outro lado, alguns investidores e influenciadores do setor financeiro, ao tentar enfatizar a importância de outras aplicações, acabam criticando a caderneta, com foco, sobretudo, no rendimento relativamente menor dessa aplicação se comparada a outros investimentos.


Só que, a poupança tem um papel fundamental na vida de todo investidor, já que ela é, nada mais, nada menos, do que o primeiro passo para quem quer começar a investir e fazer o seu dinheiro render mais.


Quer entender melhor essa ideia e ainda descobrir outras vantagens e funções da famosa caderneta de poupança? Acompanhe:


Vantagens da poupança


Muitos brasileiros afirmam que investem seu dinheiro na poupança devido à segurança proporcionada por essa aplicação e, realmente, como se trata de um investimento de renda fixa, com garantias do FGC ou do FGCoop , a caderneta pode ser considerada uma aplicação bastante segura, ainda que existam outras opções que também contam com essas características.


Só que, além disso, os investimentos em poupança são isentos de Imposto de Renda e de taxas administrativas, o que só poderia comparar-se ao caso das Letras de Crédito (que costumam exigir aportes iniciais relativamente superiores).


Outra característica favorável da caderneta, aliás, é não exigir uma aplicação inicial mínima, apresentando, ainda, maior facilidade para abertura e administração da aplicação, assim como para a retirada, com liquidez diária.


É exatamente a combinação de todas essas características – segurança, facilidade, isenção de IR e taxas, e liquidez diária – que faz com que a poupança continue sendo uma aplicação bastante atrativa para a maioria dos brasileiros.


Por outro lado, há quem condene o rendimento relativamente menor que a poupança pode ter se comparada a outros investimentos. Porém, é preciso lembrar que ter um alto rendimento nem sempre é o objetivo.


Para quem está começando a aprender como juntar e guardar dinheiro, por exemplo, a caderneta pode ser a aplicação mais recomendável, entre outros casos que comentaremos a seguir. Confira!


Antes de investir, é preciso poupar


Para que seus investimentos tenham bons resultados, o investidor precisa, antes de tudo, aprender a economizar e a poupar.


Independentemente da renda mensal, se uma pessoa costuma gastar tudo (ou até mais) do que recebe, ela não vai poder investir seu dinheiro para fazê-lo render mais.


Nesse sentido, a poupança pode ser o primeiro passo para quem quer começar a investir. Ela pode ser comparada, inclusive, ao jardim de infância ou ao Ensino básico dos investimentos, já que permite criar o hábito de juntar dinheiro, aplicá-lo e controlá-lo.


Há quem diga que aplicações como o Tesouro Direto também poderiam cumprir com tal função. Porém, imagine para uma pessoa que nunca juntou dinheiro ter que abrir uma conta em uma corretora de valores, transferir uma parte do seu saldo, comprar um título e deixar o valor aplicado até a data do vencimento para não se arriscar a perder dinheiro.


Não queremos dizer com isso que o Tesouro Público seja uma aplicação complexa ou insegura, pelo contrário. Só que, se a pessoa já está habituada a guardar seu dinheiro na poupança e já possui alguma reserva para investir, esse processo pode ser facilitado.


Ou seja, a poupança pode ser a porta de entrada ideal no mundo dos investimentos.


Sim, depois disso, é preciso dar os próximos passos: buscar informações, começar a diversificar suas aplicações – iniciando pela renda fixa para ganhar experiência e entender melhor na prática como funcionam os investimentos –, e assim por diante.


Mas tudo tem que começar por algum lugar. No caso dos investimentos financeiros, o lugar ideal é a poupança.


Começar sacando uma parte da sua renda mensal para aplicar em um fundo, uma letra de crédito ou uma ação sem antes ter se preparado, poupado e construído uma reserva pode acabar levando ao arrependimento e, em alguns casos, inclusive, a perdas financeiras.


A poupança e a reserva de emergência


A gente comentou anteriormente por aqui sobre a importância da reserva de emergência – um montante de dinheiro que toda pessoa deveria manter guardado para utilizar em casos imprevistos, evitando grandes impactos em seu orçamento.


A questão é que, devido às características que comentamos anteriormente, a poupança é uma das aplicações mais indicadas para guardar essa reserva, já que não está sujeita a impostos em caso de retiradas inesperadas e tem boa liquidez.


E isso vale para investidores de todos os tipos – desde iniciantes até os mais experimentados – e também de todos os perfis – desde os mais conservadores até os mais arrojados.


Perceba ainda que, no caso da reserva de emergência, o objetivo não é obter altos rendimentos, mas sim manter o seu dinheiro seguro e acessível, sem risco de perdas se tiver que resgatá-lo (inteiro ou em parte) de uma hora para outra.


É claro que você também pode fazer uma parte do dinheiro da sua reserva de emergências render mais aplicando-o em outro investimento de renda fixa (como um título do Tesouro, um RDC ou uma letra de crédito, por exemplo), mas é preciso estar atento às regras de liquidez e de cobranças de cada uma dessas aplicações.


Poupança em cooperativa pode ter mais vantagens


Com produtos e serviços similares aos de bancos comuns, as cooperativas financeiras também oferecem conta poupança.


Só que as cooperativas têm muitos diferenciais em relação aos bancos de varejo, a começar pelo fato de que, as cooperativas são formadas pelos associados, que podem participar das decisões da instituição e também das sobras, quando os resultados são positivos.


A distribuição de sobras, aliás, é uma das vantagens que podem fazer a sua poupança cooperativa render mais.


Além disso, as cooperativas financeiras já são reconhecidas por cobrar taxas muito menores, já que essas instituições não têm fins lucrativos. Com isso, você tem a possibilidade de poupar ainda mais.


Vale dizer que as cooperativas também costumam promover a educação financeira dos seus associados, colaboradores e outros públicos, o que pode funcionar como um incentivo ainda maior para você começar a poupar e investir o seu dinheiro.


Por Guia de Bolso


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