Até onde a IA vai chegar? A visão de um administrador
- Cooperfrente
- 8 de ago.
- 3 min de leitura

Há pouco tempo, imaginar que uma máquina poderia escrever textos, criar imagens, responder e-mails, dar conselhos financeiros ou analisar uma campanha de marketing era coisa de filme futurista. Mas cá estamos: 2025. A inteligência artificial não apenas chegou, como está redesenhando o cenário dos negócios — e exigindo uma postura nova de todos nós, administradores.
A pergunta que não sai da cabeça de muitos é: Até onde a IA vai chegar?
Mas talvez devêssemos reformular: Até onde nós, administradores, estamos dispostos a ir junto com ela?
A IA não é só tendência, é realidade
Em poucos anos, vimos a IA deixar de ser exclusividade de grandes corporações para se tornar acessível a pequenas empresas, startups, consultores e profissionais autônomos. Hoje, qualquer pessoa com um celular na mão pode acessar uma inteligência artificial capaz de gerar conteúdo, automatizar tarefas ou sugerir estratégias de vendas.
Ferramentas como ChatGPT, Midjourney, Copilot, DALLE, entre tantas outras, estão deixando claro: quem aprender a usar IA com inteligência (humana!) vai sair na frente.
Como administrador, percebo que o papel tradicional — aquele baseado em controles, processos manuais e tomada de decisão demorada — está dando lugar a um novo perfil: o do administrador estrategista, criativo, orientado por dados e aliado à tecnologia.
O novo papel do administrador
Administrar sempre foi sobre pessoas, recursos e resultados. Agora, precisamos adicionar um novo item à equação: dados inteligentes e sistemas que aprendem com o tempo.
A IA permite:
– Automatizar tarefas operacionais (e-mails, relatórios, atendimento);
– Tomar decisões com base em análise preditiva;
– Personalizar experiências do cliente em escala;
– Otimizar campanhas de marketing em tempo real;
– Criar produtos e serviços com base no comportamento do consumidor.
E aqui vai um ponto chave: a IA não substitui o administrador — ela potencializa.
Mas isso só acontece quando estamos abertos a aprender, testar e reinventar nossas práticas.
A ética entra em cena
Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades, já dizia o tio Ben do famoso Homem Aranha. A IA traz benefícios imensos, mas também levanta dilemas: uso ético dos dados, privacidade, viés algorítmico, desemprego tecnológico…
Como administradores, temos um papel central em mediar essa relação: precisamos garantir que a tecnologia seja usada com propósito, transparência e respeito ao fator humano.
É aí que entra o nosso verdadeiro diferencial: enquanto a IA pode fazer cálculos em segundos, nós somos os únicos capazes de entender contexto, cultura e consequência. A IA pode sugerir decisões, mas é o administrador quem dá o veredito.
Visão de futuro: parceria, não competição
A inteligência artificial não é o “inimigo do emprego”. O verdadeiro risco está em não se adaptar.
A IA vai chegar em todos os setores: no RH, nas finanças, no marketing, na logística, na educação corporativa. Vai estar presente em decisões que antes eram feitas só com base em feeling. Mas jamais substituirá a intuição inteligente de quem conhece seu negócio, entende de gente e enxerga oportunidades onde os algoritmos ainda não conseguem ver.
Conclusão
A inteligência artificial já está entre nós. E vai continuar evoluindo, aprendendo e surpreendendo.
O administrador do futuro é aquele que combina estratégia com sensibilidade, que entende de dados, mas também de emoções. Que sabe usar a IA como ferramenta — e não como muleta. Que está pronto para lidar com a inovação, mas sem abrir mão dos valores que sustentam uma gestão de verdade.
A IA não vai acabar com a administração. Ela vai acabar com a administração ultrapassada. E isso, sinceramente, é uma excelente notícia. A questão é: vamos ficar olhando de fora ou vamos entrar no jogo?
Por Mateus Ianello
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