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Para 78% dos profissionais PcD, recrutadores e líderes duvidam da sua credibilidade profissional


A lei nº 8.213, de julho de 1991 - que estabelece cotas para a contratação de portadores de deficiência física - e o decreto nº 3.298 de dezembro de 1999 - que estabelece normas para a integração dos deficientes no mercado de trabalho - não parecem ser nem o começo para que esses profissionais consigam espaço no ambiente profissional. É o que aponta o levantamento realizado pelo InfoJobs, empresa de tecnologia para recrutamento, realizado neste mês com mais de 630 respondentes (84,9% PcD e 15,1% não PcD), homens e mulheres, de 17 a 60 anos.


Assim como outros grupos, a dificuldade de acesso ao mercado de trabalho para pessoas com deficiência envolve vários fatores. Para 51% dos profissionais PcD ouvidos pela pesquisa, a sua condição dificulta a busca por emprego, enquanto apenas 18% acreditam que isso não atrapalha, e outros 31% afirmam que, às vezes, pode ser um empecilho.


Ainda segundo o levantamento, 44% dos respondentes confessam já ter sofrido algum tipo de preconceito durante o processo seletivo por ser portador de deficiência. E, embora 56% neguem ter passado por algo do tipo, 65% dos profissionais PcD acreditam que não possuem as mesmas oportunidades no mercado de trabalho.


Essa é a mesma percepção dos profissionais não PcD que responderam a pesquisa: para 82,1%, de fato, as oportunidades não são igualitárias. Defendendo a importância de políticas específicas para enfrentar esse cenário, 80% dos PcD acreditam que os processos exclusivos para o grupo podem contribuir com o aumento da inclusão no mercado de trabalho.


O que de fato pode e deve acontecer é um movimento para que as empresas rompam com preconceitos limitantes, que excluem os profissionais PcD das atividades de trabalho. "O papel do contratante é tornar o processo cada vez mais assertivo e diverso. Mas para além disso, é preciso fazer uma análise na cultura organizacional e nos processos, para que o ambiente de trabalho seja de fato inclusivo e que o profissional se sinta parte dos negócios", explica Ana Paula Prado, Country Manager do InfoJobs.


O levantamento também mostra que para metade dos respondentes a falta de oportunidade é o maior desafio enfrentado no ambiente corporativo. Ausência de planos de carreira e falta de adaptação das empresas às suas necessidades aparecem empatadas em segundo lugar, com 17% dos votos. Além disso, para 61% desses profissionais as empresas não estão preparadas para contratar pessoas com deficiência. Entre os motivos, 57% apontam a falta de reconhecimento do seu potencial e 22% acreditam que os preconceitos internos impedem as empresas de contratar. Ao encontro dos pontos de atenção citados anteriormente, para 78% dos profissionais que participaram da pesquisa, os líderes duvidam da sua credibilidade no trabalho devido à sua condição como PcD. "Os empregadores precisam compreender que é preciso aprimorar pessoas, estrutura, contratos e tudo o que for necessário para que todo o time esteja em sua plenitude. Isso vai desde onde está sendo veiculada a vaga em aberto, porque ela também precisa ser plural e atender as necessidades desses grupos, e também deve se manter respeitosa e equilibrada até o final da jornada dentro da companhia", conclui Ana Paula. Por Redação Via administradores.com

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