Imagine a situação em que você foi contratado para “dar jeito” numa equipe considerada difícil de liderar. Acostume-se com a ideia! A primeira impressão que o time vai ter de você é que está chegando um inimigo. Portanto, a adversidade inicial será conquistar a confiança dessa turma.
Lidar com pessoas de diferentes personalidades, compatíveis com a sua ou não, é um grande desafio, que pode ser superado quando se passa a entender o lado do outro. O bom líder deve extrair o melhor de cada profissional.
Vamos listar alguns perfis e as possíveis atitudes que o líder pode adotar para desempenhar seu trabalho de maneira produtiva e atender ao desafio que lhe foi delegado:
No grupo, vale a lei do mais forte. Há os que se destacam pela truculência ou pela ameaça.
Atitude adequada: Mostre, não apenas para estes liderados negativos, mas para toda a equipe, que você é competente, conhece o trabalho, cumpre prazos, tem disposição e vigor para desempenhar suas funções. Seja educado, cordial e sempre demonstre bom-humor. Com isto, você vai conquistar a admiração do grupo.
Insatisfação e falta de dedicação. Os colaboradores apenas cumprem ordens mecanicamente e buscam nova oportunidade fora da empresa.
Atitude adequada: Seja um ouvinte. Faça uma reunião com cada um. Entenda o que ele espera do trabalho, verifique se há outra função em que possa desempenhar-se melhor e, se houver, mude-o imediatamente de função. É bom que estas reuniões ocorram rapidamente, para que a equipe perceba que algo de bom está sendo providenciado.
Desmotivação causada pela impressão de não ser ouvido na empresa.
Atitude adequada: Nunca deixe de fazer uma reunião mensal com todos os colaboradores, na qual você deverá informá-los sobre o andamento do negócio, a visão que o mercado tem da empresa e as perspectivas de futuro.
Parte da equipe acha que a empresa tolera demais os profissionais incompetentes.
Atitude adequada: Investigue. Descubra o que faz com que estas pessoas sejam malvistas pelo grupo. Há profissionais que podem ser taxados de improdutivos por terem problemas de relacionamento e não por falta de excelência técnica. É preciso entender caso a caso. Cada empresa tem uma história que nem todos estão cientes e muitas vezes é preciso manter esses colaboradores por uma questão de gratidão ou por realizações do passado. Nas duas situações, a dica é extrair destes profissionais o acúmulo de experiência, a confiabilidade e o conhecimento do negócio, que sempre serão muito válidos e respeitados.
Há pessoas que não evoluem. Cada um tem o seu limite.
Atitude adequada: Seja um conciliador. Verifique se há no grupo pessoas dispostas a despender tempo, todos os dias, para ajudar um colega não tão preparado. Se possível, crie um projeto para que os dois desenvolvam juntos e cuide para que o projeto tenha sucesso.
Nem sempre será possível acertar em tudo quando se trata de uma equipe difícil. Mas, não rotule. Identifique os motivos da dificuldade e tome medidas para combatê-la. Uma empresa é formada por indivíduos com os mais diversos perfis, histórias, expectativas, opiniões e ambições. É exatamente esta diversidade que torna as equipes completas e fortes para alcançar as metas estabelecidas.
Norberto Chadad — Engenheiro Metalurgista pela Universidade Mackenzie, Mestre em Alumínio pela Escola Politécnica, Economista pela FGV, Master em Business Administration pela Los Angeles University, CEO da Thomas Case & Associados e Fit RH Consulting, e tem “Paixão por Pessoas”.