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Black Friday: 52% dos brasileiros fazem comparativos de preços, diz pesquisa


A Black Friday é considerada uma das campanhas de varejo mais famosas e esperadas do mundo. Neste ano, a ação acontecerá no dia 26 de novembro e, com o cenário econômico atual, algumas percepções de compras mudaram e inseguranças surgiram. Em pesquisa inédita, 1450 brasileiros informaram suas intenções de consumo e apontaram como estão se preparando para a data. Os insights foram registrados pela empresa de pesquisa e monitoramento de mercado Hibou, em parceria com a Score Group, companhia de data retail e shopper experience da B&Partners.


"A Black Friday chama a atenção dos consumidores por ofertas chamativas que não são oferecidas no decorrer do ano ou em outras datas de varejo. No comparativo de 2020 e 2021, houve um aumento entre as intenções de compra em 5%. Isso mostra um pouco mais de otimismo com as ofertas, mas também há muitos brasileiros que ainda estão indecisos e duvidosos quanto ao desconto ser real", afirma Ligia Mello, sócia da Hibou e coordenadora da pesquisa.


29% dos brasileiros afirmaram não terem comprado na Black Friday 2020. Para a edição de 2021, apenas 8% não pretendem gastar, e 34% têm interesse em comprar algum produto durante a campanha. A menos de um mês da promoção, ainda há 45% que estão indecisos. Unindo os já decididos e os indecisos (79%), uma certeza existe: para quem será o produto adquirido! 81% pretendem gastar com itens para si mesmos, 35% querem destinar o investimento para objetos da casa e 23% com os filhos. Companheiros, pai e mãe, pets e sobrinhos também foram citados entre os beneficiados.


No Brasil desde 2010, a campanha desembarcou por aqui de forma online e, atualmente, a internet permanece como o grande player de compras para a data. Esse comportamento de consumo também foi muito observado nas últimas datas de varejo desde o início da pandemia, e na Black Friday 2021 não será diferente. 75% dos brasileiros querem fazer as compras pela internet com entrega em casa e 9% vão comprar no formato pick-up, em que se encomenda pela internet e retira na loja física. Com maior flexibilização da pandemia, 22% pretendem ir até uma loja física para adquirir seus produtos, enquanto 17% ainda não decidiram.


Os brasileiros citaram celulares, smart TV, Air Fryer, geladeira e tênis entre os melhores produtos adquiridos em alguma edição da Black Friday. Em 2020, o top five de consumo foram os eletrodomésticos (22%); as roupas e acessórios (15%); os calçados (12%); itens de utilidades domésticas (12%) e eletrônicos (10%). Vale destacar que, entre outros itens, 3% optaram por comprar produtos/serviços para pets, cursos de idiomas, fraldas, joias, material escolar. Para 2021, os cinco segmentos em destaque são eletrodomésticos (41%); eletrônicos (25%); roupas e acessórios (19%); utilidades domésticas (15%); calçados (14%).


Para 70% dos consumidores a Black Friday oferece benefícios, e eles observam que os descontos agressivos são o grande chamariz; 40% veem oportunidade para fazer comparações entre muitos produtos em promoção; 33% querem a chance de compras com frete grátis; 15% pensam em acessar marcas caras; 7% analisam as possibilidades de cashback. Em contrapartida, é importante observar que para 1% dos consumidores a Black Friday é uma enganação e que, embora sejam anunciadas promoções, as ofertas são ilusórias. Eles acreditam que nos dias que antecedem a ação os preços são aumentados, dando a falsa impressão de vantagem.


Para os que estão de olho na oportunidade, as compras serão seletivas, apresentam objetivos e despertam desejos diferentes. 58% dos brasileiros querem adquirir um produto que ainda não possuem; 30% pretende substituir um item que já têm por outro melhor; 30% vão comprar algo mais caro, que não têm condições de comprar fora da Black Friday; 17% pretendem antecipar compras de Natal, aproveitando as promoções.


6% dos brasileiros economizaram durante a pandemia e estão se preparando para uma grande compra; para 3%, a conclusão é de que a Black Friday fica melhor a cada ano. Os gastos para a Black Friday 2021 serão a partir de R$ 50. 50% pretendem gastar a partir de R$ 500; 20% vão destinar de R$ 250 a R$ 500 para suas compras; 15% querem gastar entre R$ 150 e R$ 250 e 6% pretendem ter um gasto menor, de R$ 50 a R$ 150.


E quem não vai comprar?


Com um cenário desfavorável economicamente, muitos também destacaram a alta nos valores dos produtos e 12% deles não estão otimistas. Eles acreditam que a campanha será pior do que no ano passado devido a falta de credibilidade das ofertas (43%), situação financeira (26%), aumento da inflação, valor de produtos/serviços mais altos (22%) e também há quem prefira economizar (9%).


A análise sobre as promoções variam, e daqueles que optaram não gastar no período, 18% concordam que tudo está muito caro e na Black Friday não será diferente; 7% não vão comprar porque a primeira parcela do 13º salário será recebida apenas após a campanha; 6% ainda não encontraram uma promoção atraente.


Como evitar ciladas na Black Friday


Para aproveitar melhor as promoções e não cair em ciladas, 52% dos brasileiros anotam os preços para comparar durante a Black Friday; 24% montam uma lista dos itens que desejam comprar; 17% configuram alertas de preços nos sites dos produtos que têm interesse; 10% entram em grupos de ofertas em aplicativos de trocas de mensagens; 7% se preparam para acordar cedo para visitar as lojas e garantir as melhores ofertas. Por outro lado, 28% são mais despreocupados e não criam tarefas para tirar proveito dos preços da campanha.


Atentos às ofertas, 56% dos consumidores costumam compartilhar ou receber as promoções da Black Friday por apps de mensagens, redes sociais e indicações boca a boca. Há quem vá além e busque conteúdo para comparar preços em sites comparativos (66%); sites das marcas (37%); posts em redes sociais (25%); indicação de amigos (25%); reviews no YouTube (8%). Por outro lado, 2% preferem outros meios como comparações pessoais, portais de busca, lojas de compras virtuais, reviews em sites.


As marcas que tiverem iniciativas diferenciadas durante a pandemia terão ampla preferência de compras para 58% dos brasileiros; e 54% pretendem comprar de pequenos comércios para ajudá-los em meio à crise. Além disso, 67% planejam comprar em sites de redes de varejo 100% digitais; 64% optam por sites de redes de varejo de shopping; 42% pelo Mercado Livre; 30% diretamente no site da marca.


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