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7 dicas para um feedback sem complicação


“Feedback”. Nome que assusta muita gente, frequentemente associado a críticas e julgamentos, e, apesar de muito se falar sobre o assunto, ainda existem muitas dúvidas a respeito e grande dificuldade de colocar em prática. Segue sendo um dos temas mais pedidos para palestras e treinamentos, e também tópico de mentorias com líderes jovens ou experientes.


A ideia aqui é descomplicar o feedback, trazer mais leveza e naturalidade para este tema, aproveitando para contribuir com dicas para usar no seu dia a dia, na vida pessoal e profissional.


O que significa feedback?


A palavra feedback vem do inglês, e representa a junção de feed (alimentar) e back (de volta), ou seja, o ato de realimentar, dar resposta a uma atitude ou comportamento.


E o feedfoward?


Significa “olhar para a frente” ou “avançar”. Com o feedforward, basta apontar a direção e comunicar as expectativas de desenvolvimento para o futuro. Além de dar o feedback sobre o fato que aconteceu, você coloca sua expectativa sobre o comportamento para as próximas vezes.


Será que o maior desafio é falta de conhecimento das principais ferramentas disponíveis no mercado sobre o assunto?


Eu, particularmente, acredito que não. Se você chegou até aqui em busca de ferramentas, pode parar a leitura por aqui. Mas, se estiver curioso (a), e espero que sim, pode continuar lendo!


Para mim, a grande chave está em autoconhecimento e olharmos para os nossos principais medos.


Conhecer as ferramentas mais famosas do mercado provavelmente não fará com que você peça e dê mais feedbacks. Por outro lado, notar os seus principais incômodos ligados a isso e a disposição para fazer diferente e testar novos comportamentos podem ser exatamente o que faltava para você até aqui.

Vamos às dicas para mergulhar um pouco mais no assunto e buscarmos essa virada de chave em relação a feedback. E conforme você passa pelas dicas, te convido a refletir e anotar com o que você se identifica para começar a montar o seu plano de ação.


1. Conheça e reconheça seus medos


Todos nós temos necessidades básicas de sobrevivência, de fazer parte de um grupo e de autoestima. E essas necessidades nos levam a medos em maior ou menor intensidade que impactam diretamente em pedir e dar feedback.


Eu posso ter medo de não ser gostada, de não fazer parte de um grupo ou não me sentir completamente aceita e inserida. Se eu tiver este medo em maior ou menor intensidade, provavelmente eu vou ter muita dificuldade de dar feedback. A tendência é que eu escolha priorizar meus relacionamentos e não queira correr riscos.


Ou então, eu posso ter medo de não ser boa o suficiente, e neste caso será muito desafiador para mim pedir e receber feedbacks. O que os outros vão pensar de mim? E se eu falhar? E se eu não der conta? E se eu não conseguir? Este medo pode gerar uma série de defesas, mesmo que inconscientes, que vão botar as pessoas para correr e desistir de darem feedback.


2. Expectativa x realidade


Dificilmente a nossa expectativa bate com a realidade e isso torna o receber feedback mais complicado.


As outras pessoas nos olham e com base em suas histórias, crenças e visão de mundo tem percepções sobre nós e sobre nossos comportamentos.


Na maioria das vezes temos intenções positivas e a percepção do outro é diferente porque as pessoas conseguem enxergar nosso comportamento e não o que estamos pensando ou desejando.


Entendendo que feedback é uma percepção sobre você, o que você pode fazer para levar isso com mais leveza e em seu benefício?


3. Se permita sair da zona de conforto


Aqui não tem fórmula mágica. Receber e dar feedback só melhora fazendo, testando, praticando, errando, sentindo medo e indo com medo mesmo.


Escuto muito coisas como: a pessoa não me conhece direito, ou eu não trabalho diretamente com esta pessoa, preciso de tempo para poder dar feedback; tenho que fazer da melhor forma e ter as ferramentas corretas; para família e amigos eu não preciso pedir e dar feedback.


Cuidado! Tudo isso são histórias que você tem contado que te mantém no piloto automático. Para ter mudança você precisa testar novos comportamentos. Prática, prática, prática...


Sempre terá um bom motivo para não pedir e não dar feedback. O que você escolhe: ser um contador de histórias ou uma pessoa que usa essa ferramenta para se desenvolver e ajudar os outros a evoluírem?


4. Separe a pessoa do feedback


Renata, o problema é que fulano não gosta de mim. E ciclano quer o meu cargo. Ele não conhece a minha história. Ela é grosseira. Ele não sabe dar feedback. O cargo dele é inferior ao meu. É minha esposa que está dizendo. O meu marido não vale.


O convite aqui é focar no feedback em si e em você. Independente de quem vem, de como vem e do que você acredita até aqui. No que você pode fazer com o que você ouviu e usar ao seu favor para o seu próprio desenvolvimento e evolução.


5. Invista em construir e fortalecer as relações de confiança


Tudo melhora com confiança, e feedback inclusive ajuda a fortalecer as relações de confiança seja na família, entre amigos ou no trabalho.


Invista tempo para conhecer e se conectar com as pessoas, entender seus desafios, preferências, perfil comportamental, seus sonhos e saiba mais sobre suas vidas pessoais.


Com confiança, mesmo que o feedback venha torto você tende a receber melhor e, se chegar a sua vez e você errar a mão, da mesma forma o outro deve reagir com mais leveza e naturalidade.


6. Peça feedback


Evite surpresas e se acostume a pedir feedbacks. Tem gente que fala que não recebe feedbacks, que não faz parte da cultura da empresa, mas a pergunta que eu deixo é: você tem pedido feedbacks recentemente?


Se acostume a pedir feedbacks, receber bem, agradecer e usar isso para o seu desenvolvimento pessoal e profissional. A maneira mais fácil de enxergar seus pontos cegos é pedindo feedback.


Você topa?


7. Coloque o outro no holofote


E aqui o jogo vira. Chegou a hora de colocar luz no outro, deixar de lado seu medo de prejudicar as relações, demonstrar interesse genuíno e dar feedback.


Quando? De preferência em até 48 horas do ocorrido. Se a pessoa fez algo bom, não espere. Reconheça e deixe-a saber. E se fez algo que precisa melhorar a mesma coisa, dê o feedback e a oportunidade dela corrigir e melhorar.


Por Renata Klingelfus Andraus

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